Os Jardins Suspensos da Babilônia são as maravilhas menos conhecidas, já
que até hoje encontram-se poucos relatos e nenhum sítio arqueológico foi
encontrado com qualquer vestígio do monumento. O único que pode ser considerado
"suspeito" é um poço fora dos padrões que imagina-se ter sido usado
para bombear água.
Foram construídos por volta de 600 a.C., às margens do rio Eufrates, na
Mesopotâmia - no atual sul do Iraque. Os jardins, na verdade, eram seis
montanhas artificiais feitas de tijolos de barro cozido, com terraços
sobrepostos onde foram plantadas árvores e flores. Calcula-se que estivessem
apoiados em colunas cuja altura variava de 25 a 100 metros.
Para
se chegar aos terraços subia-se por uma escada de mármore; entre as folhagens
havia mesas e fontes. Os jardins ficavam próximos ao palácio do rei
Nabucodonosor II, que os teria mandado construir em homenagem à mulher, Amitis,
saudosa das montanhas do lugar onde nascera.
Capital
do império caldeu, a Babilônia, sob Nabucodonosor, tornou-se a cidade mais rica
do mundo antigo. Vivia do comércio e da navegação, buscando produtos na Arábia
e na Índia e exportando lã, cevada e tecidos. Como não dispunham de pedras, os
babilônios usavam em suas construções tijolos de barro cozido e azulejos
esmaltados.
No século V a.C., Heródoto dizia que a Babilônia "ultrapassava
em esplendor qualquer cidade do mundo conhecido". Mas em 539 a.C. o
império caldeu foi conquistado pelos persas e dois séculos mais tarde passou a
ser dominado por Alexandre, o Grande, tornando-se parte da civilização
helenística. Depois da morte de Alexandre (323 a.C.), a Babilônia deixou de ser
a capital do império. Começou assim sua decadência. Não se sabe quando os
jardins foram destruídos; sobre as ruínas da Babilônia ergueu-se, hoje, a
cidade de Al-Hillah, a 160 quilômetros de Bagdá, a capital do Iraque.